Aos meus amigos,
Como Brás Cubas, pensei se deveria ter começado estas singelas notas pelo final ou pelo começo.
No fim de tudo, é apenas mais uma grande carta de amor (posto que
‘ridículas’), dirigida aos que tentam fazer desse mundo um lugar mais
justo, mais honesto e mais íntegro.
Uma carta de amor para famílias que se encontram muitas horas pela semana, que se (des)(re)combinam muitas vezes, que se tornam a cada dia mais fortes e mais humanas.
_ Evoé, Fernando Pessoa!!!
Agradeço a vocês pelo suor, pela gana, pela vontade de vida e pela
vontade de potência que emana de cada um; agradeço pelas disputas, pelos
confrontos, pelas críticas e pelas quebras de convenções necessárias
que acalentam, removem e reconstroem nosso dia-a-dia.
É por estar com vocês, meus amigos, que vejo um futuro – talvez, ainda muito imaturo para nós – melhor.
Agradeço por tentarem fazer desse nosso microcosmo de poder um centro
de conhecimento contínuo: um centro de modificações, reavaliações,
ponderações e reorganizações.
Enfim, por fazer de suas casas
centros abertos, livres de certos expurgos e doenças pedagógicas e
mercantilistas presentes em nossa realidade.
Juntos, mais uma vez,
nossa jornada (vencendo-se cada dia) não será, não deverá e não poderá
ser encarada como uma mercadoria, nem pacote de ofertas ou mesmo um
saldão de feiras aos sábados, pois sabemos nós criamos e desenvolvemos –
neste grande laboratório das horas – algo raro e precioso nesses dias
tão estranhos: a amizade entre seres demasiadamente humanos, com seus
anseios, sonhos, desejos; seres com esperanças, apaixonados e diferentes
entre si, colaborando para o engrandecimento da própria vida.
Boas festas,
Renato
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
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