quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Para meus amigos e alunos!

Aos meus amigos,

Como Brás Cubas, pensei se deveria ter começado estas singelas notas pelo final ou pelo começo.
No fim de tudo, é apenas mais uma grande carta de amor (posto que ‘ridículas’), dirigida aos que tentam fazer desse mundo um lugar mais justo, mais honesto e mais íntegro.
Uma carta de amor para famílias que se encontram muitas horas pela semana, que se (des)(re)combinam muitas vezes, que se tornam a cada dia mais fortes e mais humanas.
_ Evoé, Fernando Pessoa!!!
Agradeço a vocês pelo suor, pela gana, pela vontade de vida e pela vontade de potência que emana de cada um; agradeço pelas disputas, pelos confrontos, pelas críticas e pelas quebras de convenções necessárias que acalentam, removem e reconstroem nosso dia-a-dia.
É por estar com vocês, meus amigos, que vejo um futuro – talvez, ainda muito imaturo para nós – melhor.
Agradeço por tentarem fazer desse nosso microcosmo de poder um centro de conhecimento contínuo: um centro de modificações, reavaliações, ponderações e reorganizações.
Enfim, por fazer de suas casas centros abertos, livres de certos expurgos e doenças pedagógicas e mercantilistas presentes em nossa realidade.
Juntos, mais uma vez, nossa jornada (vencendo-se cada dia) não será, não deverá e não poderá ser encarada como uma mercadoria, nem pacote de ofertas ou mesmo um saldão de feiras aos sábados, pois sabemos nós criamos e desenvolvemos – neste grande laboratório das horas – algo raro e precioso nesses dias tão estranhos: a amizade entre seres demasiadamente humanos, com seus anseios, sonhos, desejos; seres com esperanças, apaixonados e diferentes entre si, colaborando para o engrandecimento da própria vida.

Boas festas,

Renato

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